terça-feira, janeiro 29, 2008

terça-feira, janeiro 22, 2008

O saudoso prazer de fumar uma "cigarrada"

Bem, não vou ser hipócrita ao ponto de dizer que fiquei feliz da vida com a nova lei anti-tabaco. Mas já que se legislou sobre isso, não descuremos os aspectos positivos que advêm da aplicação da mesma. Têm que concordar comigo, desde o dia 1 de Janeiro deste ano do Senhor que as ruas portuguesas estão bem mais animadas do que o costume. Os cantos obscuros dos cafés de bairro permutaram para o ar livre das calçadas e dos passeios. Agora, aquelas criaturas sinistras de ombros encolhidos, dentes coloridos e hálito duvidoso, que fumegavam por todas as cavidades corporais enquanto emborcavam cafés e bagaceiras, "saíram do armário" e transformaram-se em alegres convivas. Antes seres sós, falam que se desunham, passaram a opinar, que mais não seja pela consternação de terem abandonado o "refugo" e de fumarem o cigarrinho com "meia" de oxigénio. Mas não é só nos cafés. Em todos os outros espaços fechados frequentados por muita gente, onde se fumava sem restrições, agora respira-se muito melhor. Pela minha parte, aproveitei para deixar o vício. Não pela lei em si, mas sim por ter o desejo de, antes dos 30 anos, deixar de fumar. Custou muito, mas passados 23 dias, a coisa já corre melhor. E sem os tradicionais auxiliares anti tabaco como os pensos e pastilhas. Mas nem por isso me incomodo com o fumo dos outros. Pelo contrário, até gosto. Mais complicado é quando estou a jantar com a minha malta. Vou ter que passar a levar um livrinho para os restaurantes para matar o tempo que passo sozinho enquanto a malta se "injecta" com o prazeroso cigarro. Opções! O melhor mesmo, porque sei que é difícil deixar o mau hábito, é não sermos radicais, e pensar em soluções adequadas para um saudável convívio entre estas duas espécies terráqueas, fumadores e não fumadores. Bom...e que dá cá uma louca saudade, lá isso dá. É tão bom!