quarta-feira, dezembro 24, 2008

quinta-feira, dezembro 18, 2008

terça-feira, dezembro 16, 2008

Imagem do dia...




...e a eventual adaptação ao cinema.

segunda-feira, dezembro 15, 2008

A Traça



Ah...a traça! Vil criatura que penetrou no sossego do meu lar e que violentou o meu guarda roupa. Mais do que uma prostituta que suga o prazer e a carteira do seu cliente, a que por cá andou violou uma parte significativa da minha idumentária. A culpa foi minha! Com a mania que tenho de andar a salvar a vida de toda a bicharada que por cá passa, lixei-me! Fazia lá ideia que aqueles bichinhos que, uma vez por outra apareciam na minha banheira, eram traças! E lá ia eu, qual otário, com um papelinho, para salvar a sonsa da criatura. No meu imaginário as traças não rastejam, voam. Imaginava algumas dezenas de minúsculos kamikazes a despenharem-se nas mangas e nos bolsos dos meus blazers. Estúpido animal. E o meu pai já me tinha dito, "compra dum-dum que tens cá traças!" Mas como não as via fiz orelhas moucas. Claro que, depois de feito o estrago, lá as bombardeei com naftalina. Sim, foi a minha vingança, uma espécie de "solução final" das minúsculas criaturas. Isto cá em casa parecia Auschwitz. Minúsculas mas vorazes, pois, para papar um fatinho à medida da minha envergadura é preciso ter estomago. Mas também digo uma coisa: até considero que a maior parte da bicharada tem um pingo de inteligência. Mas haverá animal mais idiota? Com tanta coisa que há cá em casa para matar a fome, lembrou-se a criatura de forrar o estomago com o meu fatinho da Loja Correia. Olha, foi da maneira que o reformei ad eternum. Já tinha uns aninhos, lá isso tinha. Mas este foi o ano da roupa, ou melhor, de azar com a roupa. Pior do que a traça foi a minha vizinha de cima, que decidiu pintar as portadas de verde num daqueles dias fabulosos para preencher o estendal. Pintou as portadas, pintou-me dois pares de calças, uma camisa e duas boxers. Até tive pena da rapariga. Mas que lá me ressarciu, ressarciu! Para as curiosas que pretenderem baixar-me as calças, digo já que não deitei as boxers para o lixo. As manchas verdes continuam por lá. Ah, e atenção: não sou fanático do Sporting nem tão pouco pertenço à nobreza.

terça-feira, dezembro 02, 2008

Disse Juca Chaves

"Teresinha, Teresinha! Se é que o mundo tem um cu, o cu do mundo é aqui."

"Quem prega moral na rua...



...leva no cu em casa." Que era um facto, já o sabia. Mas hoje pude comprova-lo ao mais alto nível. Bastaram cinco minutos de conversa com o meu pai (inventor ou transmissor desta brilhante frase) para que desatasse a rir como um perdido. Pois já sabemos que todos temos os nossos pontos fracos, que não se justifica estar a criticar a vida dos outros, a opinar sobre o alheio, porque, embora arranhemos a perfeição, bem lá no fundo, temos algum feito passado que, vindo à tona, não hesitará em deitar por terra todas as nossas fortes convicções. Hoje, por mero acaso, por extravio postal, a factura da TV Cabo da paróquia lá do sítio foi parar a casa dos meus pais. Sem se dar conta do real destinatário, o meu pai abriu-a e, de imediato, notou que algo de estranho ali se passava. De facto, constatou-se que o Pároco e demais utentes do serviço TV Cabo, são assíduos espectadores de todos aqueles pacotes que os mais comedidos evitam muitas vezes contratar. Na factura pode perceber-se que são fieis adeptos da actividade desportiva (Sport TV), fervorosos cinéfilos (TV Cine) e um pedacinho tarados (Playboy TV e Venus). A quanto obriga a castidade. Ai, se as beatas soubessem Senhor Padre!

quarta-feira, outubro 29, 2008

segunda-feira, outubro 27, 2008

O domingo cultural

Muda a hora, o clima e a disposição. Mergulhos? Só na minha banheira de palmo e meio. Impõem-se outros programas mais adequados à temperatura que se aproxima. Rumo, então, à Gulbenkian, onde desfruto da última parte da maratona de fim de semana dedicada a Sergei Rachmaninoff. Brilhante! Não fosse ele o meu compositor preferido. No entanto, para mim, uma ida a um concerto de música clássica não é somente escutar cerca de três horas de grandiosas obras. Nada disso. Encaro uma ida a estes concertos como verdadeiras experiências sociologicas. Talvez porque tenho a mania de reparar em tudo e em todos que me rodeiam, gosto de estar ali sentado, no meio do desconhecido, a observar as reacções da minha vizinhança. Não é nenhuma tara, e tão pouco serei um estudioso da matéria. Apenas diria que sou um curioso. Mais nada. Gosto de ver as expressões das pessoas. Gosto de tentar perceber o que lhes vai na alma. Gosto de ver as suas reacções. Desenganem-se os que pensam que vou a estes locais à procura de conquistas fáceis. A menos que fosse um fanático da gerontologia! De outra forma não tinha qualquer hipótese. Ali só se vêem cabecinhas grisalhas. E no ar respira-se uma mescla de laca e daqueles perfumes que apenas cheiramos no Natal quando vamos ao jantar das tias. Mas há uma palavra que define estes concertos. Sim, a tosse. No meio de tanta classe (senhoras muito bem arranjadas, blazers com botões dourados, broches e joias afins), não há pausa em que não se oiça a já conhecida "tosse portuguesa." Muito tosse aquela gente! Chega a ser irritante. E não só para mim. Às duas por três, lá reparava na irritação do pianista. Pelo que consta, já houve quem se irritasse a sério com a barulheira. Alguns maestros chegaram mesmo a abandonar a sala e a deixar a actuação a meio. Porque tossir no meio daquela acústica gera um som deveras horrendo. Num dos intervalos, percebi pelas minhas vizinhas da frente que, controlar aquela tosse não é pêra doce. E parece que até tive sorte, pois no Coliseu de Lisboa é bem pior. "São aquelas correntes de ar fortíssimas!" E com a tosse vem o "Xuuuuu!!!" dos indignados. Três filas à minha frente do lado direito, houve uma senhora que teve um "Xuuuuuuuu!!!!" como chamada de atenção. Mas parece que acatou a ordem. Levou o resto do concerto a soluçar, como se tossisse para dentro. Tive pena da senhora, e quase que me senti tentado a oferecer-lhe uma das minhas pastilhas de mentol.

A pausa foi longa, mas...


segunda-feira, julho 21, 2008

Se não gostas do tempo nos Açores...


...espera mais 15 minutos! De facto é assim. Aqui na minha terra, basta apenas um dia para sentirmos o gosto às quatro estações do ano. E hoje não foi excepção. Apesar da chuva, e ainda possuído pelas altas temperaturas lisboetas, não resisti à tentação de mergulhar nas límpidas águas da Caloura, ou melhor, na vizinha praia de Água d’Alto. Ainda existem praias assim, calmas, tranquilas, onde ir ao mar não é sinónimo de entrar numa arca de gelados, onde estamos em paz com a natureza, onde as nossas ideias ficam mais claras, onde não somos adoptados por inúmeras famílias de histéricos veraneantes. Efectivamente, 15 minutos depois de estar ali a marinar, parou de chuviscar e veio o sol para dar um ar da sua graça. E que bem que me soube este primeiro dia de férias. Não há dúvida que é no regresso à nossa origem que carregamos as baterias para esta vida frenética que levamos. Bom, e espero carregar também a minha inspiração que tem andado, não desaparecida, mas a divagar por outros prazeres, tão ou mais importantes do que o prazer da escrita

segunda-feira, junho 09, 2008

O Vigilante


Observo, espreito, vigio, aquilo que poderá ser o ínicio do fim do Estado como o conhecemos. Aguardemos!

quinta-feira, maio 29, 2008

Para as minhas amigas


Era um destes que gostariam de ter nas vossas salas de estar? Sempre vos iluminava as ideias.

domingo, maio 18, 2008

Coisas que ainda não tinha visto...

...e que não quero voltar a ver! Aconteceu no sábado à noite num restaurante em Lisboa. O sítio até costumava ser engraçado mas, depois da noite passada, tenho as minhas dúvidas quanto ao meu regresso. Fui ao jantar de aniversário de uma amiga minha. Embora não conhecesse toda a malta que compunha a mesa, o grupinho até era simpático e conversador. Por ser sábado, e por o restaurante estar com muito movimento, ficamos numa sala mais escondida, reservada para grupos de maior dimensão e, agora entendo, para situações como a que presenciei. No outro lado da sala, mesmo em frente à nossa mesa, havia uma outra, que cedo foi ocupada por um grupo de convivas. Só depois é que percebi que estava diante de uma mesa gay. Também percebi que era o aniversário da "bichona mor". Paciência. É o tipo de coisas que não se pegam, e que não incomodam, quando praticadas com a devida discrição. Vários tintos depois, lá parabenizamos a nossa amiga com o desafinado cântico e, na mesa em frente, o mesmo se verificou, embora as vozes finas estivessem em melhor sintonia. E de súbito, apagam-se as luzes e começa a tocar aquela música, recordo, típica dos clubes de striptease. E eis que entra um "negão", vestido de polícia NY e de cacetete em riste. O aniversariante é empurrado para a ponta da mesa, onde o "negão" o presenteia com uma dança, tirando toda a farda até ficar em fio dental com padrão leopardo. Fiquei chocado! Não pela cena em si, mas por ver a cara de desejo que o aniversariante fazia enquanto apalpava o pseudo polícia. A mesma que eu faria, se com as minhas mãos estivesse a percorrer as curvas de uma voluptuosa cidadã do leste. 10 minutos depois, a cena repete-se, mas, com a prenda vestida de marinheiro. Mais uns apalpões, cuequinhas fora, toalhinha a tapar as vergonhas...enfim, puro terror. Tenho cá a impressão que por baixo da toalhinha o aniversariante ainda conseguiu "meter a primeira" lá ao negão. Claro que as minhas amigas, qual grupo de "freaks," deliravam com a cena. Enfim, estava eu descansadinho da minha vida e acontece isto! Claro que, as regras da boa educação impõem que termine este post a dizer que, não tenho nada contra a homossexualidade (atenção: como verdadeiro homem que sou, apenas admito um apaixonado e escondido beijo entre duas lindíssimas amigas) e que cada um faz com o seu cú aquilo que quer. Mas, mal educados foram os "panilas." No restaurante em causa, poucos iam achar graça se, no meu aniversário, fosse presenteado por um fenomenal par de mamas a passear-se pela minha cara. Mas como parece que levar no cú está na moda, então tolera-se tudo, e ainda se batem umas palmas. Tudo de bom!