quarta-feira, dezembro 20, 2006

The Illusionist


Hoje vi o Ilusionista. Não, não dei de caras com o Luís de Matos às compras no Mercado da Graça. Vi, isto sim, o filme realizado por Neil Burger e com excelentes desempenhos de Edward Norton e do fantástico Paul Giamatti. A história prendeu-me ao ecrã do ínicio ao fim. Nada de muito exagerado, mas um filme que nos faz recuar à infância, vibrando com o misterioso mundo do ilusionismo, que sempre nos encantou e continua a surpreender. O filme não oculta ao espectador nenhuma mensagem nem lição de vida. Prende-nos pelo que é, pelo mistério e pelo despertar do nosso espírito dedutivo. Destacto a actuação de Paul Giamatti (Sideways e American Splendor) que sempre me surpreende pela capacidade que tem de encarnar personagens tão distintas. Mantém, isto sim, aquela bondade que o caracteriza, mesmo que escondida sob a capa do polícia astuto mas submisso. Edward Norton (American History X e Primal Fear) continua fiel a si próprio, trazendo-nos sempre narrativas que se distânciam do enfadonho. A presença feminina fica a cargo da desconhecida (deste vosso amigo) mas lindíssima Jessica Biel (The Texas Chainsaw Massacre). Uma observação em relação à sala de cinema. Encontrei neste meu cantinho, o que se poderá chamar de Mini Monumental, onde tenho visto muito cinema de qualidade, onde é vedada a entrada à ruidosa pipoca e ao balde de coca-cola. Claro que, tendo em consideração estes três requisitos e, consequentemente, uma verdadeira aposta no cinema de qualidade, o número de espectadores não era suficiente para preencher a mais pequena fila da sala. E é deste tipo de cinema que eu gosto. Mai nada!

1 comentário:

Maria Brandão disse...

Na tela, como na vida real, o fascínio da ilusão prevalece sobre o ideal da razão. Ainda bem. É por isso que conseguimos conservar alguma magia, neste mundo tão pouco dado a graças. Filme muito bem construído, que recria, na perfeição, o ambiente romântico do século XIX. Edward Norton está bem, mas não no seu melhor, ao contrário do que aconteceu em American History X. Paul Giamatti encarrega-se de nos envolver na história. Jessica Biel é linda, mas não sabe representar (não se pode ter tudo, certo?). Enfim, umas horas muito bem passadas, num cinema quase deserto. Que mais se pode querer numa 3ª feira à noite?