Referendum

Edição do Courrier International esta semana


O referendo a realizar amanhã será o terceiro da história na nossa ainda jovem democracia. No 1º referendo sobre a Despenalização da IVG em 1998, a abstenção venceu, a sociedade civil não quiz decidir. Visto isto, se não quiz, o lógico quanto a mim seria que o poder político, eleito por todos nós,(ou alguns aqueles que votam) o fizésse.

Se novamente o referendo de amanha não for vinculativo(apesar de ser preciso apenas um voto a mais para mudar esta lei penal), isto é, se a abstenção predominar(se houverem mais abstencionistas que votantes), o referendo deve ser retirado da nossa Constituição da República, pois não serve, não o queremos como meio de decidir.Quanto a nós portugueses, ficamos mais uma vez mal na fotografia.E lá vem a comunicação social desculpabilizar e falar de razões climatéricas e outras ainda mais estapafúrdias para justificar o nosso desinteresse natural, que: com tantos debates nas televisões, rádios, publicações e uma campanha que em geral decorreu com civismo..não tem razão objectiva de existir.


Quem formou uma opinião que vote.Que faça esse enorme sacrifício de ir procurar o cartão de eleitor e se desloque à sua assembleia de voto.

Votar "não" amanhã, não é um "Não ao Aborto".