terça-feira, setembro 19, 2006

11 Anos de Praça

Agora que me encontro temporariamente no quentinho do lar, fiz uma coisa que há muito não tinha oportunidade de fazer. Liguei a televisão às 10 da matina e, para meu espanto, deparo-me com um clássico da RTP. Sim amigos, é verdade, a Praça da Alegria ainda anima as nossas manhãs. Não cabia em mim de contente. Rapidamente transferi os cereais da sala para o quarto (os que conhecem o meu habitat podem rir-se) e refastelei-me deliciado no sofá. Que maravilha. A Praça fez hoje 11 anos de transmissões. Em directo amigos. 11 anos a transmitir o Portugal profundo. 11 anos a transmitir aquele adeus sem dentes às nossas comunidades além fronteiras. Fiquei encantado por perceber que, passados tantos anos, há coisas que se mantêm fieis a si próprias. E os cromos continuam lá. O caríssimo Jorge Gabriel, cheio de energia e pujança a bailaricar alegremente com as velhotas de Portugal. O festivo Padre Borga. A voluptuosa Sónia Araújo (meu Deus...os seios da Sónia). A banda. Amigos, se há coisa que me marcou para a vida foi a banda da Praça da Alegria. Os músicos de cabelo ao ombro, num mix de betinho e ganda maluco, a cerrar os dentes de satisfação olhando uns para os outros, deliciados com aquele som de improviso. Por cada aplauso, 3 minutos de música até que o Jorge lhes corte o pio. O que eu ri com as rábulas do Guilherme Leite e do Luís Aleluia. Claro que todo o programa tem a sua veia kitsch e lá estava o Toy, esse animal arrasador das audiências matinais. É verdade amigos. Quem poderia esquecer o clássico "se queres sair para curtir...chama o António"? O Toy ainda bomba e tem muito para dizer ao mundo.
Pois então recuei 11 anos e lembrei-me de passar as manhãs antes das aulas, com a minha querida avó que já lá está, deliciada com toda aquela animação matinal. Na altura era o Goucha, esse grande comunicador. E a Sónia, então jovem e a desabrochar, já nos fazia colar ao televisor. Que maravilha. Lembrei-me de outro grande clássico do audio-visual, o imperdível "O Juiz Decide" com o grande Ricardo Velha e com a, então jovem promessa, Liliana Campos. Bons tempos. Com tanta porcaria sem interesse que nos chega a casa, hoje fiquei contente por perceber que ainda há programas com interesse que subsistem. Sei que posso estar a ser simplista, mas recordo bons momentos que passei na "praça". Aquele abraço

1 comentário:

TMF disse...

Bom Post! Bons tempos estes do desemprego que nos permitem ver a praça de graça! Eu sei mas não digo quem ia lá ganhar 5 éros..pra ver o Gabriel! e o tipo do trompete é um ex-bandemónio..molti recordi..quase choro!