Volver

Hoje vi o filme Volver, de Pedro Almodóvar. Embora tenha gostado, não achei que fosse nada de transcendente. O Pedro já fez melhor e já me deixou colado ao ecran com outras das suas histórias, como por exemplo, Habla con Ella, para mim uma das suas melhores obras. Para quem acha que Volver é um grande filme, daqueles que suscitam os mais transcendentes comentários, e que fazem filas intermináveis de pseudo intelectuais à entrada das salas de cinema, esqueçam. Pelo menos esta é a minha opinião. Acaba mais por ser um filme que arranha o mistério ou o suspense, como preferirem, e que se diferencia em grande parte do que Almodóvar nos habituou. No entanto, continua a ser um bom filme. Mais uma vez, Pedro Almodóvar consegue contar uma história misturando a componente dramática com a humoristica. Afinal, como irão perceber no filme, a vida não é só feita de contos de fadas. Tem momentos bons e momentos maus, momentos de grande alegria e outros de grande tristeza. Destaco a actuação de Penélope Cruz, que nos presenteia com uns seios lindíssimos e com uma actuação que nada tem a ver com os papéis que interpreta no cinema americano, onde interpreta sempre personagens pouco consistentes que ficam sempre aquém do seu verdadeiro talento. Sendo este um filme de Pedro Almodóvar, lá está também o seu toque no que concerne à sua vida pessoal, nomeadamente, a importância que a mãe teve na sua vida, bem como, os abusos sexuais da sua adolescência. É para ver.