terça-feira, janeiro 30, 2007

Um beijo pela Vida


O ‘beijo único’, que se usava em algumas aldeias perdidas do nosso perdido país. Esse beijo solitário, o sinal diferenciador de classe- diz-me como beijas, dirte-ei se és pela "vida".Assim estamos em campanha pelo lado do Não.Do não à despenalização, do sim à intimidação, À precariedade, à clandestinidade e ao medo. Funciona como elemento distintivo para quem não quer confudir-se com os movimentos liberais, heterogéneos, laicos, que não seguem o dogma. Impor a nossa moralidade aos outros.Tudo para defender a "criança" – marcando assim a diferença e denunciando os intrusos, os defensores da despenalização da IVG, esses seres frios e insensíveis, irresponsáveis, incentivando o facilitismo, comparáveis a terroristas, defensores da pena de morte, que não conhecem o que é estar no terreno e "ajudar os berços"..


É extraordinário, passados 30 anos de laicidade, normas do nosso Código Penal, reflictam o dogma da Igreja Católica.A igreja não pretende defender a vida mas sim manter o seu poder sobre as consciências.País maioritariamente católico, o Estado esse é laico. O que é difícl de aceitar.


P.S.- O "uso" de crianças inocentes de cinco anos impondo cartazes "Obrigado Pais, Sou feliz porque nasci", pelos movimentos do Não, podia ser " Tenho fome, fui violentada, porque nasci"
"Sou advogado porque nasci, adeus pais", "Tinha mesmo que ser benfiquista, porque nasci" "Sou mais ou menos, porque nasci, pais". A exposição de crianças num tema que não dominam, só subentende : os amigos das crianças e da "vida" intra-uterina são pelo Não, os do Sim são feios, porcos e maus.Inimigos da vida.Nada mais se discute."Dê cá mazé mais um bajo".Ilucidativo, espero.Que termine a hipocrisia.Espera-se.

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