sábado, dezembro 16, 2006

Neocons-How they get out?


A guerra do Iraque, fruto de uma política unilateralista britânica e americana, de seguidismo e passividade para a União Europeia, segue a caminho do abismo. Durão Barroso camuflado de Presidente da Comissão, passeia-se pelos corredores de Bruxelas, num silêncio desonesto. A credibilidade dos senhores da Guerra é finalmente abalada e o Império benigno, encontra-se numa estrada sem rumo. Claro que temos aqueles que apesar da catástrofe humanitária, da transformação da guerra num novo Vietname, das vítimas civis, das vítimas militares americanas, da guerra civil instalada no país, insistem que a intervenção militar americana tinha que ser realizada, mesmo que no plano económico tenha sido prestado um péssimo serviço aos Estados Unidos

Como sair do Iraque é a pergunta.Como sair sem sofrer a humilhação de ter perdido, como sair sem deixar para traz o caos absoluto e a barbárie, as divisões étnicas e religiosas profundas, e todo o Médio Oriente transformado num barril de pólvora.

O país soçobra numa guerra civil e Bush finalmente, obviamente tarde demais moderou a justificação absurda, de que as intervenções que leva a cabo no Médio Oriente são em nome da luta contra o "Fascismo Islâmico". Este enquadramento reúne na mesma categoria, grupos, que entre si não podem ser avaliados sob o mesmo prisma.Os movimentos islamitas instrumentalizam a religião e procuram servir-se dela como de uma ideologia, porém o êxito popular destes movimentos assenta também em outros factores que não ideológicos.Como foi o caso das eleições na Palestina.
Não se deverá considerar que o povo palestiniano ao votar no Hamas, votou de uma forma exclusiva a ideologia a esse grupo associada.O voto poderá ter servido para penalizar a corrupção instalada na Fatah.
O "fascismo islâmico" de Bush, foram os aliados de Washington na década de 80 durante a luta contra os soviéticos, os "Irmãos Muçulmanos", foram apoiados pelos serviços secretos britânicos, e de forma a refrear o poder da Fatah e da OLP(Organização de Libertação da Palestina), os israelitas apoiaram os Irmãos Muçulmanos na Palestina(base do Hamas).

Devemos criticar os movimentos de fanatismo islâmico, que recorrem ao terrorismo e ao obscurantismo, para disseminar a barbárie, mas não devemos embarcar em termos que globalizem populações inteiras e que nos distanciem das mesmas.
Os termos empregues pela administração Bush manipulando os media, são úteis pela sua dimensão emocional, que lhes proporciona a justificação dos seus actos, instalando o medo no Ocidente.No entanto todos aqueles que se opõem a guerras absurdas e contraproducentes, vistos como traidores e anti-americanos, congratulam-se com o relatório de James Baker, reafirmando a ruptura definitiva da política da Administração Bush no Médio Oriente. A derrota que o povo americano infligiu aos repúblicanos nas últimas eleições, levaram Bush a moderar o seu discurso neoconservador.O povo americano forçou Bush a mudar.To late..?
"Ou se resolve tudo agora..ou tudo explode"

1 comentário:

Xiquinho disse...

o meu amigo não tarda nada e está a trocar galhardetes com o homem da CIA em Portugal :)